2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização Autista e neste sábado (1º dia de abril) foi realizada uma caminhada com concentração na Praça da Prefeitura de Teixeira de Freitas que partiu em direção à Praça da Bíblia. A iniciativa foi do grupo Família Autista e contou com as participações da Associação Educativa de Inclusão e Cidadania (ASSEDIC) e da Barca da Alegria.
Aressa Faben, uma das fundadoras do grupo Família Autista, explicou que toda essa movimentação em Teixeira iniciou em 2012 com a Jandiara Cardoso, mãe do Luiz, que organizou uma passeata de conscientização, querendo fazer com que o filho fosse visto e compreendido.
Em 2 de abril de 2015, Aressa e outras pessoas fizeram um movimento na Praça que foi crescendo e, com o tempo, começou a surgir o interesse da região na temática. “A inclusão deveria acontecer de forma muito natural. Incluir o outro é o mínimo que o ser humano poderia exercitar, mas na prática não é assim. Estamos numa sociedade que exige padrões, e para que a gente quebre esses estereótipos, a gente tem que mostrar aos nossos filhos o quão é comum o convívio deles com a sociedade, mesmo com as peculiaridades autistas”, disse Aressa.
Em 2015, também foi aprovada uma Lei Municipal da Semana da Conscientização Autistas, desde então, nessa época do ano, os grupos se mobilizam para organizar caminhadas, palestras e outros movimentos sociais. Atualmente, a sociedade fala com mais leveza sobre o autismo na cidade, esclarece Aressa, enfatizando ainda que o resultado disso visa “empoderar” as crianças autistas.
A programação dessa semana continua em Teixeira e região. No dia 4 de abril haverá palestra em Caravelas; no dia 5 de abril, uma sessão na Câmara de Vereadores de Teixeira trará o Coral Vozes Autistas, com familiares do Grupo Autismo; no dia 6, haverá palestra em Medeiros Neto; e, no dia 7 de abril, uma palestra especial na Câmara de Teixeira com a Jandiara e a Paula Murta Chaves - fonoaudióloga e coordenadora da equipe de Deficiência Intelectual do Centro Especializado em Reabilitação – CER-IV.
Kátia Adriana Leal, presidente da ASSEDIC, disse que a associação tem um trabalho especial com crianças autistas, realizado através da Equoterapia, em parceria com a Polícia Militar, que visa a reabilitação através do contato com os cavalos, além de outros trabalhos que buscam a inclusão social da pessoa autista.
Auzeane Beatriz Cruz dos Anjos, mãe da Andreia, disse que percebeu as diferenças da filha desde que ela tinha um ano de idade. Ela chegou a procurar profissionais que a ajudasse, mas eles não conseguiam fazer o diagnóstico de autismo na Andreia. Até que uma neuropediatra a auxiliou a descobrir o que tornava Andreia especial. O grupo do autismo a deixou mais forte para poder lidar com as necessidades da filha e compartilhar experiências com outros pais. “O grupo tem sido de fundamental importância, não só para mim, como também para a Andreia, nos desabafos, nas reuniões, nas passeatas”, disse a mãe.
Por Vida Diária/ Mirian Ferreira e Petrina Nunes
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