A pele é o maior órgão do corpo humano e estabelece uma conexão direta com o restante do organismo. Por isso, além de ser uma barreira física de contato, também atua como um reflexo de aspectos imunológicos, hormonais e emocionais. 

No período que o organismo está sob estresse, as glândulas adrenais liberam esse hormônio, aumentando a produção de sebo. Essa situação pode causar problemas com acnes, além de prejudicar a função de barreira da pele, tornando-a vulnerável as irritações e as inflamações. 

Outro hormônio muito liberado como resposta ao estresse é a adrenalina. Ela pode reduzir temporariamente o fluxo de sangue para a pele, diminuindo a capacidade do órgão de se regenerar e cicatrizar. Tal processo impulsiona a sensibilidade e influencia em uma maior propensão a lesões.

 
Doenças de pele agravadas pelo estresse

Além da relação entre a liberação dos hormônios e a manifestação de sintomas na pele, o estresse também pode ser responsável por desencadear ou agravar doenças. Confira abaixo as principais.

Acne: com o aumento dos níveis de cortisol, há o estímulo da produção de sebo pelas glândulas sebáceas. Isso pode obstruir os poros e causar inflamações.  
Psoríase: como o estresse impacta o sistema imunológico, ele pode intensificar a inflamação no corpo, agravando os sintomas da psoríase. O sinal mais evidente é o surgimento de placas vermelhas e escamosas na pele. 
Dermatite Atópica: a condição tem o potencial de enfraquecer a barreira de proteção da pele. Assim, o órgão fica sujeito a substâncias irritantes e alérgenas, agravando a dermatite e resultando em coceira e inflamação. 
Herpes Labial: o estresse enfraquece o sistema imunológico, permitindo que o vírus HSV-1 se reative, causando feridas ao redor da boca. 

Como controlar o estresse?

Além de tratamentos específicos para cada doença, exercer métodos para evitar o transtorno é essencial para uma rotina com qualidade de vida. O cuidado e atenção com a saúde mental influencia diretamente na saúde da pele e na manutenção da homeostase corporal. Por isso, é essencial investigar os sintomas com o direcionamento de um profissional e tratar as causas específicas.

Ainda assim, de acordo com a médica, algumas ações podem ser positivas para o controle do estresse. As mais conhecidas são a meditação, o ioga, as terapias de relaxamento, a acupuntura e as técnicas de respiração. 

Por fim, compreender que o estresse é um fator emocional cada vez mais presente e naturalizado no dia a dia é fundamental para se atentar aos sinais que indicam prejuízos à saúde. O transtorno pode ser um gatilho emocional para o agravamento de problemas pré-existentes, e por isso, deve ser alvo de atenção.

 

Por: Vida Diária/ Saúde em dia