Mucuri-BA, 7 de abril/2022 – O termo Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVCs) surgiu com o desenvolvimento de padrões para a certificação do manejo florestal e se refere às áreas que possuem valores considerados excepcionais ou críticos para a conservação da diversidade de espécies, manutenção de ecossistemas ameaçados, promoção de serviços ambientais e necessidades e valores das comunidades.

Durante processo de revisão da base de AAVCs ambientais nos estados da Bahia e do Espírito Santo, realizado em 2021 pela Suzano – empresa referência internacional no desenvolvimento de bioprodutos a partir do eucalipto – três novas AAVCs foram identificadas em suas fazendas, todas elas localizadas no município de Aracruz-ES. Seus nomes foram escolhidos em votação realizada entre colaboradores de várias áreas da Suzano e empresas parceiras, sendo definidos como: AAVC Piraquê-Açu, AAVC Costa Azul e AAVC Bugio-Ruivo, considerando questões como localização geográfica e espécie-bandeira de ocorrência.

Na Bahia, duas antigas AAVCs tiveram seus limites ampliados em mais de mil hectares, já que a vegetação adentrava áreas da antiga Suzano e foi incorporada nessa nova identificação. Agora, são ao todo 16 áreas de conservação ambiental na Bahia e no Espírito Santo, em fazendas da empresa nas Unidades Mucuri e Aracruz, ocupando 18,6 mil hectares, o que equivale a 18.600 campos de futebol.

As AAVCs da Suzano estão localizadas em sete municípios: Aracruz (ES), Alcobaça (BA), Caravelas (BA), Conceição da Barra (ES), Linhares (ES), Mucuri (BA) e Teixeira de Freitas (BA). Para serem consideradas de Alto Valor de Conservação, as florestas precisam atender ao menos um requisito entre diversidade das espécies (incluindo espécies endêmicas, raras, ameaçadas ou em perigo de extinção), ecossistemas e mosaicos em nível de paisagem, ecossistemas e hábitats raros ou ameaçados e provisão de serviços ecossistêmicos, como proteção de mananciais e controle de erosão.

“As Áreas de Alto Valor de Conservação abrigam grande diversidade de espécies, sendo que muitas delas ocorrem somente nesses locais, e que estão sob grande ameaça por conta das atividades humanas, como os desmatamentos e incêndios. A Suzano tem uma série de projetos e ações voltados para a conservação ambiental, alinhados a uma política de desmatamento zero. Nossa matéria-prima advém somente de plantios comerciais de eucalipto, produzidos em locais que já sofreram interferência humana, como áreas que antes eram pastagem para produção de gado”, explica Diomar Biasutti, coordenador de Meio Ambiente Florestal da empresa.

As AAVCs também detêm populações de espécies ameaçadas de extinção como o mutum-de-bico-vermelho (Crax blumembachi), no Espírito Santo, e o bugio-marrom (Alouatta guariba guariba), observado em áreas da empresa no sul da Bahia, cuja estimativa populacional é de não mais do que 250 indivíduos soltos na natureza.

Monitoramento de biodiversidade – Além de manter áreas de conservação, a Suzano também atua no projeto Monitoramento de Biodiversidade – BAMGES, realizado em parceria com a Veracel. O território monitorado com estudo da biodiversidade e conservação de espécies abrange quase 900 mil hectares, na Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. O projeto já revelou, por exemplo, uma espécie de árvore até então desconhecida pela ciência: Tocoyena atlantica. “A espécie da flora recém-descoberta já pode ser considerada ameaçada de extinção devido à sua distribuição restrita e às ameaças a que está exposta”, relata Elson Fernandes de Lima, Gerente de Projetos da Casa da Floresta Ambiental, consultoria responsável pela coleta de dados. Ainda podem ser mencionados outros destaques, como a ocorrência da anta (Tapirus terrestres) e do macaco-prego-de-crista (Sapajus robustus), espécies de difícil registro no Espírito Santo.

Um dos objetivos de longo prazo da Suzano, ligado à meta de biodiversidade, é conectar meio milhão de hectares para a preservação nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia até 2030, área que equivale a quatro vezes a cidade do Rio de Janeiro, por exemplo. As novas AAVCs identificadas no Espírito Santo e as que foram ampliadas na Bahia contribuem para isso.

 

Por: Vida Diária/ASCOM  

 

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