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Teixeira de Freitas: Na manhã desta quarta-feira (15), sindicatos de várias categorias como Sintrexbem, Sintraspesb, Sindacesb, CUT-Bancários, STR, Enfermeiros, Sindifesba, UGT – Sindec, CTB – APL Sindicato, Sinticesb e ainda os movimentos sociais MST, UJS, MLT, DCE UNEB participaram do Dia Nacional de Paralisação contra a reforma da previdência. A mobilização teve início na Praça Castro Alves (Praça dos Leões) que tomou o Centro da cidade.

Diversos setores trabalhistas suspenderam as atividades em protesto contra a proposta do governo. Segundo a professora Francisca Brasília Marques, representante da APLB, a manifestação não é só hoje, é uma greve por tempo indeterminado. Aqui na região foi tomada a decisão de que serão três dias sem trabalho e nos outros dias mobilizações e conscientizações. “Não precisa ser vidente, pai de santo, para prevê como será o Brasil daqui a 20 anos. Caso esse projeto seja aprovado, a pessoa terá que começar a trabalhar com 16 anos, ou seja, com ensino médio ainda. Esse projeto é uma fábrica de miseráveis, os trabalhadores precisam de seus direitos, por isso temos que dizer um ‘não’ bem grande, e temos que pressionar os poderes”, explica Brasília.

De acordo com Sormane Mendes do Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia, os trabalhadores precisam reivindicar seus direitos. Um dos principais pontos dessa paralisação é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 que define a reforma da Previdência, a qual estabelece idade mínima de 65 anos, eliminando a concessão do benefício por tempo de serviço. O valor da aposentadoria, de acordo com o projeto, passará a ser calculado, levando-se em conta 51% das maiores contribuições com 1% adicionais a cada ano de contribuição. “Na prática, isso faz com que seja necessário trabalhar formalmente por 49 anos para obter o benefício integral. Emprego está em falta, então, como cumprir todos esses anos? Só o povo tem a força, só precisa descobrir, venha para ruas”, completa.

José Carlos Cabral, diretor do Sintrexbem, ressalta que o argumento do governo Temer sobre o déficit na previdência é falacioso, já que desconsidera que o orçamento da Seguridade Social contempla previdência, assistência social e saúde e não apenas o pagamento de benefícios previdenciários. “É um crime se esse projeto for aprovado, principalmente com as mulheres que tem jornada dupla, extremamente prejudicial a todos os trabalhadores”, destaca.

A mobilização passou pelas ruas do centro da cidade e ainda os participantes fizeram uma parada na porta da prefeitura. O protesto segue nos próximos 2 dias em Teixeira (16 e 17 de março) com aula pública e debate sobre a reforma, promovidos pelo sindicato dos professores.

Por: Vida Diária/Mirian Ferreira

 

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