Ilhéus: A família do soldado Tyrone Thomaz de Aquino Araújo, policial militar, assassinado com 18 tiros dentro de uma lanchonete no mês de abril deste ano, na cidade de Ilhéus, no Sul da Bahia, ainda aguarda que a justiça seja feita e criminosos culpados. Nesta sexta-feira (23), o caso completa dois meses sem desfecho.
A equipe do Vida Diária reportou em abril deste ano, o brutal assassinato de Tyrone em Ilhéus. De acordo com seu irmão Anderson Thomaz e informações colhidas pela PM, Tyrone foi atacado pelas costas por quatro homens que passaram em frente ao estabelecimento em um carro e atiraram na direção dele. Ele estava de folga no momento em que ocorreu o crime.
“Meu irmão era um homem muito bonito, cheio de vida, porém, por ser policial, nós enquanto família, sempre tivemos a preocupação quando ele saía para trabalhar, já que sabemos que corria riscos. Agora é conseguir forças para continuarmos a vida e descobrir quem são os autores do crime. Que Deus dê um bom lugar a esse homem guerreiro. Aguardamos e queremos justiça e que os culpados sejam jugados e punidos”, disse.
A Força Tarefa da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), encarregada em apurar crimes contra policiais militares, começou a investigação do caso. O crime aconteceu no domingo (23), no dia seguinte (24), a Polícia Militar prendeu três suspeitos de participação na morte do soldado, e um deles, Danilo José Silva Santos, afirmou que a morte do policial foi encomendada por Adailton Soares dos Santos, detento do Conjunto Penal de Itabuna, pelo valor de R$ 2 mil e um quilo de maconha. No mesmo dia, após depoimento e ser liberado da delegacia, Danilo foi assassinado quando pegava um táxi, sendo o veículo interceptado por homens fortemente armados, que obrigaram a descer do carro e deflagraram mais de 10 disparos. Durante o ataque, a mulher dele também foi baleada e ficou ferida.
Já no velório de Danilo, um homem invadiu e atirou em seu caixão. Segundo informações da Polícia Civil, tratava-se do integrante de um grupo rival que ainda deixou um bilhete de ameaça à família dele. De acordo com a delegada Andréia Oliveira, investigadora do caso do soldado Tyrone, no bilhete o criminoso "ordenou" que o corpo do suspeito fosse retirado da igreja onde era realizada a cerimônia, pois o bairro era comandado por uma quadrilha rival à que Danilo pertencia e os integrantes do grupo não aceitaram que o corpo dele fosse velado lá. Após o ataque, o velório foi suspenso e o caixão foi levado de volta para a funerária. Danilo foi enterrado sob escolta policial na quarta-feira (26).
Nesta sexta-feira (23), o caso completa dois meses sem o seu desfecho e família aguarda e pede que a justiça seja feita, e que os culpados sejam identificados, julgados e presos pelo crime cometido. Até o momento, as investigações não avançaram.
Por Vida Diária: Mírian Ferreira.
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