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Plenárias, debates, distribuição de materiais informativos e muitas reuniões de mobilização estão sendo realizado país afora, como preparativos para a greve geral do dia 28 de março. À frente das atividades estão as centrais sindicais, federações e sindicatos de trabalhadores de diversas categorias e também as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.

Depois do sucesso das paralisações e atividades de protestos ocorridas no mês de março, o governo de Michel Temer anunciou nesta semana novas mudanças na Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287/2016) que trata da reforma da Previdência. Os recuos anunciados, entretanto, não foram considerados suficientes pelas centrais sindicais brasileiras e pelos movimentos/fóruns da sociedade civil. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, as mudanças pontuais não evitarão a greve geral do dia 28, contra as reformas previdenciária e trabalhista e a terceirização irrestrita, que vem ganhando adesões de várias categorias.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que é filiada à CUT, já orientou seus sindicatos a mobilizar a categoria. “Os trabalhadores e as trabalhadoras precisam estar atentos porque as ações do governo para a retirada de direitos são amplas. Além da reforma da Previdência, a reforma Trabalhista é outra ameaça real”, afirma a presidenta da FENAJ, Maria José Braga.

Parecer

O relator da reforma trabalhista, deputado Rogério Marinho (PSDB/RN), apresentou seu relatório, nesta quarta-feira (12), na Comissão Especial, da Câmara dos Deputados, que analisa o tema. A reforma trabalhista prevê alterações, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que prejudicam a classe trabalhadora. A criação da categoria do “trabalho intermitente”, na qual o trabalhador é remunerado apenas pelas horas trabalhadas, por exemplo, deixa o trabalhador sem nenhuma garantia e/ou proteção.

“É a volta ao século 19, ao início da revolução industrial, quando os trabalhadores eram praticamente escravos das empresas. Nessas condições, o trabalhador não tem como organizar sua vida, não sabe quanto vai ganhar no final do mês e nem de que tempo poderá dispor para outras atividades. Isso é completamente inaceitável. É a precarização completa do trabalho”, critica Vagner Freitas.

O relatório também prevê o acordo individual de trabalho, a prevalência do acordado (em acordos/convenções) sobre o legislado, o parcelamento de férias em até três períodos, a redução do intervalo de almoço entre outras alterações na CLT.

Na preparação da greve geral, a CUT reuniu, na segunda-feira (10), em São Paulo, os trabalhadores em transportes de todas as modalidades. Rodoviários, ferroviários, metroviários, aeronautas, marítimos e agentes de trânsito filiados à CNTTL/CUT de várias regiões do país participaram da Plenária Nacional do Ramo dos Transportes, que aprovou protestos para a greve geral no dia 28 de abril.

Por: Vida Diária/Com informações da CUT.

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