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Impressionante como nos acostumamos a tudo nessa vida, inclusive ao sofrimento e é isso que chamamos de Desamparo Aprendido. Martin Seligman, psicólogo americano, apresentou uma pesquisa que foi realizada em duas etapas com 3 grupos de cães diferentes. Na primeira etapa, o primeiro grupo de cães recebiam choque nos pés e poderiam parar os choques encostando o focinho em um painel. O segundo grupo de cães receberam o mesmo choque, mas não tiveram a chance de parar com eles. Os cães do terceiro grupo não receberam nenhum choque.

Na segunda etapa do experimento, os cães poderiam escapar para um outro compartimento, caso quisessem se livrar do choque. O que foi observado nos três grupos distintos de cães é que os cães do primeiro grupo aprenderam que podiam parar os choques e por isso foram para o outro compartimento. O segundo grupo de cães não escapou do choque porque aprenderam na primeira etapa que não conseguiriam pois não controlavam a situação.

O que aconteceu é que foi criado nestes cães um sentimento de impotência, e incapacidade. Martin Seligman chamou isso de Desamparo Aprendido. Isso também pode acontecer com seres humanos que passaram situações dolorosas e frustrantes e que não podiam controlar.

Estas pessoas podem desenvolver sentimento de insegurança e medo e se tornarem passivas diante da vida. Não enxergam saída para a situação dela, tornando- se depressivas ou muito ansiosas, por exemplo. Quando uma pessoa sofre de depressão crônica, ou uma ansiedade generalizada é provável que ela já venha sentindo isso há muito tempo.

Nossas feridas emocionais começam na infância e vão sendo reforçadas ao longo do tempo por experiências similares que moldam nossa maneira de ver a vida. Crescemos cultivando crenças que podem nos impedir de nos sentirmos bem, realizados e equilibrados dependendo do que nos tenha acontecido na infância.

Passamos a achar que tudo isso que sentimos, quando adultos, é nosso estado natural, passamos a enxergar o mundo através de um filtro sofrido, hostil, medroso e cheio de perigos e decepções. A depressão, a ansiedade, as fobias etc. são uma resposta do organismo e do nosso psiquismo de que algo não está bem.

O problema é que nos acostumamos tanto a viver desta maneira que não sabemos como seria viver de outra forma. Construímos uma zona de conforto em torno deste estado por não termos o parâmetro de um estado melhor. A pessoa vive em um conformismo e uma passividade de que a vida dela é assim mesmo e nada pode mudar.

Acontece que da mesma forma que aprendemos a ser infelizes podemos aprender a construir uma vida melhor. Como podemos fazer isso? Temos que entender que nada é permanente. Tudo na vida é transitório e passageiro. Não nascemos infelizes e frustrados. As nossas experiências vão nos moldando, mas precisamos sempre ter uma postura de curiosidade, de modo que você se questione toda vez que algo te incomodar.

Se você se sente infeliz e perdido, deprimido ou sofre um medo exagerado procure ajuda, pergunte, busque informações sobre o que está acontecendo. Já está mais do que provado que bem-estar é perfeitamente possível de ser cultivado e que estar feliz não é estar ausente de problemas, mas é estar de bem consigo mesmo, estar se sentindo engajado e sentir que você tem um significado na vida.

Todos nós podemos melhorar nossa qualidade de vida psíquica e emocional da mesma forma que melhoramos nossa saúde física quando adoecemos. É só procurar ajuda e se informar melhor. Não fique passivo diante da própria vida. Entre em movimento sempre. A vida é como andar de bicicleta, se você parar você perde o equilíbrio.

Até a próxima semana!

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Por: Vida Diária/Cristina Castro.

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